Eu não escrevo sobre “alguém”, escrevo sobre todo mundo.

Escrevo_sobre_todo_mundo

Creio que todo escritor, ou pseudo-escritor, como gosto de me auto intitular, sofre com a falta de sensibilidade dentre os seus entes mais próximos. Não por maldade, mas por que, por eles te conhecerem, insistem em associar teus textos a tuas experiencias, a tuas vivencias e muitas vezes ao teu passado.

Tendo isto em mente, creio que seja necessário um esclarecimento: Eu não escrevo sobre alguém, escrevo sobre todo mundo.

Meus textos, são minha tentativa de transmitir de forma poética o pouco que conheço da alma do mundo. Se eles falam de amor, eu não preciso estar falando de ninguém, embora exista alguém que me fez descobrir este sentimento. Se ele fala de passado, seu intuito é tentar demonstrar que as coisas que já passaram por nós podem ser boas ou ruins, e que sejam como foram fazem parte da nossa lenda pessoal, mas se já se tornaram passado devem permanecer lá. Quando eu escrevo sobre valores, sejam pessoais ou interpessoais, como no caso das relações entre duas pessoas que se amam, minha mensagem é apenas para que demonstre teu amor e cuide de quem te ama, o que se dito pelas palavras do Chorão, seria: “Cuide de quem corre do seu lado e quem te quer bem, essa é a coisa mais pura”.

O que quero, com toda a ambição que cabe no meu total desprendimento, é que ao ler o que escrevo você se identifique e assimile para si o que minhas palavras as vezes ambíguas querem passar. Não quero propagar ódio a ex-amores, nem culpa por relacionamentos passados, não quero que se sinta mal por não acreditar mais no amor ou por estar sozinho, não quero que odeie aniversários, e muito menos que odeie aquela colega falsa do trabalho. Eu não escrevo sobre ódio, nem mesmo quando falo sobre uma criança que assistiu sua mãe sendo agredida.

Quero só te evangelizar a crer mais no amor. O amor por si mesmo, o amor pelo próximo, o amor pela vida e pelo mundo. Quero que quando olhar para tuas dores e traumas não se lembre de suas feridas com sentimentos negativos, mas que entenda que elas vão cicatrizar com o tempo. As mais profundas podem levar mais tempo para se fecharem, e como minha mãe sabiamente me ensinou, elas só vão cicatrizar se você parar de mexer nelas.

Com todo o meu jeito estranho de olhar pra vida e com estes meus textos bregas eu quero te dizer que: “Ainda vale a pena se arriscar, por que o amor que você entregou a alguém nunca te fez sofrer, o que te fez sofrer foi o que você não recebeu de volta”.

E existe amor em tudo a sua volta.
No sol que aquece seu rosto, e no vento que o refresca.
Na água que lava teu corpo. E no mar que lava tua alma.
Na tua família, que não necessariamente precisa ter o teu sangue.
Nos teus amigos, mas apenas nos amigos sinceros.
Existe amor em SP, em RJ e até no Acre, se o Acre existir.
Então, o que falta não é amor, o que falta é fé.

 

” Os alquimistas fazem isto, mostram que quando buscamos ser melhores do que somos, tudo em nossa volta se torna melhor também.

– E por que diz que eu não conheço o amor? – Perguntou o Sol.

– Por que o amor não é estar parado como o deserto, nem correr o mundo como o vento, nem ver tudo de longe, como você. O amor é a força que transforma e melhora a alma do mundo. Quando penetrei nela pela primeira vez, achei que fosse perfeita, mas depois vi que ela era um reflexo de todas as criaturas e tinha suas guerras e suas paixões. Somos nós que alimentamos a alma do mundo, e a terra onde vivemos será melhor ou pior, se formos melhores ou piores. Aí é que entra a força do amor, por que quando amamos, sempre desejamos ser melhores do que somos.

O alquimista – Paulo Coelho

15 comentários em “Eu não escrevo sobre “alguém”, escrevo sobre todo mundo.

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    1. Considero um elogio ter conseguido descrever com meus sentimentos como você se sente, e se me permite ir alem, peço para que não se permita sentir esse medo que descreve. Esse medo, esse policiamento não deve existir. O amor que transborda de você, assim como toda essa confusão em crises de idade antecipadas demais, tudo isso que lhe transborda deve inundar o mundo, então que pensem que falamos de ex-amores, que assimilem tudo que escrevemos errado, não importa, escrevamos para que nossos sentimentos atinjam outras pessoas que se sintam como nós. ❤ ❤ Ou então, escrevamos para que possamos nos sentir como nós mesmos.

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  1. É exatamente isso que tento fazer… Mas é chato qdo alguém pergunta se é “indireta” … Tou cag@ndo para suposições. Eu tento transrcever coisas que sinto, que vejo, que me tocam, que me fazem ser quem sou nessa constante mutação de minhas escolhas.

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    1. Eu entendo, e concordo. E é assim que tem que continuar sendo e fazendo. Não podemos controlar o que outros irão pensar, mas que quando leiam, achando eles o que acharem, eles sintam que existe verdade naquelas palavras. O exercício mais saudável de escrita pra mim é esse, transcrever o que transborda nosso ser para que eventualmente isso inunde alguém que se identifica com o que sentimos.

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